Sou Juliana, mulher, mãe, filha, esposa, nora, feminista, ativista da humanização do parto e nascimento e obstetriz formada pela Universidade de São Paulo, trabalho com gestantes desde 2009 e tive a grande felicidade de sempre ter atuado profissionalmente dentro do universo humanizado. Em 2016 decidi engravidar e fui premiada com uma gestação gemelar, tive uma gravidez tranquila com desconfortos comuns, passei por algumas questões no final, e ainda assim tive o privilégio de parir Otávio e Bernardo, amamentei por quase 2 anos e sigo nessa aventura cheia de altos e baixos que é a maternidade.
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Em 2018 fui convidada para compor a equipe de obstetrizes do Coletivo Nascer, um projeto incrível e futurista (diante do cenário obstétrico brasileiro) no qual eu poderia continuar trabalhando da maneira que eu acredito, conciliando com o meu momento de vida, onde já não era mais viável atender muitos partos por mês, ficando disponível 24h por dia, sete dias na semana.
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Hoje tenho a minha esperança fortalecida de que a obstetrícia ainda tenha salvação, o Coletivo me ensina todos os dias que trabalhar em equipe é oferecer possibilidades às mulheres, quando uma gestante escolhe fazer o pré-natal e parir conosco ela não está escolhendo somente uma equipe humanizada, ela está escolhendo ter o acompanhamento de um grupo de obstetrizes e obstetras, no qual cada uma tem um olhar, uma experiência, uma vivência e isso enriquece incrivelmente a assistência, claro que apesar das singularidades todas temos muito em comum e as mulheres e famílias são o que nos une e nos move.
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Eu acredito que todas as mulheres devem ser acima de tudo respeitadas, toda mulher merece ter uma experiência positiva do parto, meu desejo é que um dia as mulheres tenham mais vontade do que medo de parir. Que elas saibam que o parto não é somente o fim, mas um caminho fortificante para a grande jornada que está por vir.
 
Parto é vida.