Parto Humanizado Hospitalar
Relato de Parto Marina Calado

Relato de Parto Marina Calado

Quando eu descobri a gravidez, foi um misto de medo e alegria. Não foi esperada, planejada, foi um susto, mas encaramos com serenidade. Eu tinha apenas uma certeza, não queria passar por uma cirurgia (cesária), se tivesse, que fosse indicada para salvar a minha vida e a do bebê. Pois bem, aí se iniciou o estudo e a busca por uma equipe humanizada que bancasse o meu desejo, com base em evidências científicas e em nosso bem estar. Com mais ou menos 11/12 semanas eu conheci o Coletivo Nascer, participamos da conversa em grupo e marquei uma consulta de triagem e decidimos contratar! Ah que acompanhamento, consultas coletivas, trocas de experiências, correção de hábitos alimentares e o mínimo de intervenção. Com a chegada das 38 semanas, chegou a ansiedade, mas meu coração dizia que ele viria em abril. Na madrugada de 01/04 eu não consegui dormir, às 03h00 eu acordei e fui para o sofá (Pharah foi comigo, ela foi minha companhia em muitos momentos dessa jornada), comecei a sentir uma dor diferente, que não era contrações de treinamento, veio a diarréia, às 03h30 comecei a monitorar e estavam ritmadas (1m10 a cada 4/5 minutos), veio diarréia de novo, comecei a acreditar que ele queria vir, pois os sinais de TP eram reais! 4h00 acordei o @favisan e mandei msg para a parteira de plantão. Tomei buscopan, para ver se era só um alarme falso, mas as contrações continuaram. Mandei msg para a Doula @belabel1979 umas 5h20, segui a orientação de ir para o chuveiro para ver como as contrações se comportavam. Estava na cama, senti uma contração e disse “preciso levantar, não aguento ficar deitada”, levantei, passei por cima da Pharah e ao entrar no banheiro a bolsa estourou às 05h30. Que sensação maravilhosa! A partir daí tive certeza de que o nosso encontro estava perto, mas o que eu não sabia, é que esse seria só o início da jornada. Por orientação da equipe, fomos para o hospital. Cheguei ao hospital às 06h40, seguimos o protocolo de internação e na sala de pré parto do centro obstétrico eu recebi a Doula, que foi muito importante nesta jornada, cada toque, cada palavra e apoio foi fundamental.

Meu marido foi excepcional, ficou do meu lado o tempo todo, aquele era o nosso momento e nos entregamos totalmente. Foi passando as horas e eu fui ficando cansada, até que a equipe sugeriu analgesia (anestesia), não tive medo e aceitei prontamente, mais uma vez a melhor decisão, pois salvou o TP. Consegui descansar algumas horas, já passava de 14h00, até que tivemos que retomar o ritmo. Sob orientação da equipe, veio a ocitocina, que ritmou as contrações e eu entrei na fase ativa novamente. Passaram mais algumas horas, chegamos no expulsivo, pensei que não ia aguentar, pedi ajuda para tirarem ele (rs), eu não estava preparada para toda aquela ardência, foi nesse momento que eu entrei na partolândia, uma sensação inexplicável! Até que o Fábio sumiu da minha visão, ficou só eu e a Doula e ali seguimos, estava perto o nosso encontro. Não aguentava mais toda aquela ardência e precisava fazer força, até que eu fiz uma força “longa” e a cabeça saiu, na próxima força “longa” veio o corpo e toda aquela dor e ardência foi embora. 19h57 o Theo nasceu e o meu mundo mudou! Olhei para trás e vi o Fábio com o nosso milagre nos braços e chorando, após ele veio para os meus braços e eu só conseguia repetir “NÓS CONSEGUIMOS!!!!”. Nossa família venceu o sistema, com uma assistência maravilhosa! Gratidão ao Coletivo Nascer por acreditar em nós e proporcionar um acompanhamento incrível!!!!!! 💞 Espero que meu relato seja a inspiração para amigas, é possível ter um parto normal, não deixe que médicos mediano coloquem mitos acima de evidências científicas! O dia 01/04/2019 marcou a nossa família para sempre, ditando o início de uma longa jornada. 💗

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